As privatizações tiveram como promessa eficiência, melhoria
e barateamento de serviços públicos, e que os ganhos de produtividade fossem
partilhados. Assim, entregou-se o patrimônio público a concessionárias
privadas, para uso e muito abuso. Como regulador, dita função do governo, caras
empresas estatais, que defendem o interesse privado mais que o público. Por
este esquema, se houve melhoria de serviços, os preços se aviltaram. Nas
estradas, pedágios foram criados e seus entornos alugados, e agora, o governo
de SP gasta cerca de 10 milhões de
reais em tags para testes de pedágio variável, que favorecem as
concessionárias. Ensaia-se, para encarecer, criação de tarifas diferenciadas de
eletricidade conforme o horário.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Pedagio variavel
O Sem Parar tem uma eficiência de
mais de 6 vezes a cobrança convencional, o que representa redução de custeio de
cobrança por ganho operacional, de instalações e segurança já que manipulação
de dinheiro diminui, alem de acabar com problemas de troco, outra dor de cabeça. Entretanto, para obtê-lo e
ter o conforto de passar no pedágio sem parar, o que é um beneficio mutuo já
que tempo parado do veículo é custo para a concessionária, o motorista deve
pagar pela instalação do tag e mensalidades de manutenção ao invés de haver
desconto nos preços de pedágio. Isso acontece porque os ganhos de eficiência do
sistema não são repassados, em parte, aos usuários como se propagava para haver
privatização, ou seja , que a eficiência das empresas privadas sob concessão
traria melhor serviços e preços. Se houve uma melhoria dos serviços os preços
administrados se tornaram abusivos e os lucros das empresas, monumentais, isso
sem cheque de custos. Algo que também
se aplica aos demais preços administrados pela Annel, Anatel, etc. Essa
característica de regulação demonstra que a Artesp (órgão regulador de rodovias
do Estado de São Paulo) não controla a nosso favor, mas contra, daí os valores
extorsivos de pedágio e a postura de todos os recursos serem usados para
diminuir custos e aumentar preços. Agora, para camuflar esses absurdos, se
ensaia uma nova investida: o pedágio variável. É um sistema em que a cobrança
se fará por Km rodado não mais por trecho, o que permitirá a cobrança também
dos usuários de pequenas distancias, certamente muito mais numerosos que os de
grandes distancias. Já se anunciou que o preço será mantido em R$ 1,40/Km. Se ele pode ser vantajoso para quem percorre
grandes distâncias a inclusão dos usuários de pequena distância que não pagavam,
fará o faturamento das concessionárias saltar. Certamente que o balanço já foi
feito e o sistema já se comprovou vantajoso para as concessionárias. Se fossem
perder faturamento certamente o sistema não vingaria. O certo é que o sistema reduz drasticamente os custeio acima já
mencionado. Um sistema de rateio é mais justo, mas será injusto com todos se
não for avaliado o aumento de faturamento das operadoras e seus ganhos
repassados aos usuários.A mudança de cobrança não aumentará os custeios de
manutenção das estradas e não vejo porque deve haver aumento de faturamento por
mudança de cobrança. Esse controle certamente não será feito pela Artesp, e
juntos todos nós pagaremos mais, ainda mais que os custos de teste (compra de 1
milhão de Tags) correrão por conta do Governo do Estado de São Paulo.
Divida e Lixo
Em época de votação do orçamento, o
secretário de finanças de Campinas, Fabio Forte, informou, através do Metro Campinas de 05/12/2011, que Campinas deve terminar 2011 com
divida de 250 milhões que fará de 2012 um ano amargo, apesar do
orçamento de 3,4 bi. A maior despesa de Campinas é a de coleta de
lixo: de 70 a 200 milhões anuais, dependendo do que se declara, visto que estamos em contrato emergencial, que sempre custa mais caro. Mais caras despesas de manutenção
dos Lixões Sanitários, que por isso estão sempre interditados
Seria ótimo a cidade se ver livre dessas despesas. Mas a lei 7058 de 08/07/1992, art 10, paragrafo unico
informa: a coleta executada por pessoa ou empresa não autorizada
acarretará multa variavel.... Ou seja, a prefeitura dificulta a ação
privada de coleta e reaproveitamento industrial que não lhe custa
nada e deveria ser estimulada, para manter um contrato milionário
que não pode pagar. E de quebra polui o solo.
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